quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sepe se reúne com subsecretária de Educação para exigir garantias de segurança nas escolas

A diretoria do Sepe se reuniu hoje com a subsecretária municipal de Educação do Rio, Helena Bomeny, para exigir garantias de segurança para os profissionais das escolas municipais localizadas na Zona Norte da cidade, onde, desde o último sábado, ocorrem conflitos diários entre traficantes e policiais. Na reunião, a direção do sindicato denunciou a gravidade da situação e o risco a que estão expostos profissionais e alunos por causa da burocracia e da falta de sensibilidade das autoridades estaduais e municipais.

Um dos problemas identificados pelo sindicato é que as direções das escolas não têm autonomia para decidir se a unidade deve ser fechada, no caso da situação se agravar. Nesse ponto, a subsecretária afirmou que “as direções das escolas têm total autonomia para decidir se devem funcionar ou não”. Dessa forma, o Sepe orienta as direções das escolas a exercer essa autonomia.

Caso a situação impeça que as garantias de segurança sejam cumpridas, o sindicato orienta os profissionais das escolas a denunciarem ao sindicato qualquer tipo de pressão para manter a escola aberta, seja da parte das direções, seja da parte das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).

As denúncias podem ser feitas à Regional através dos telefones: 2564-2194 (até 15 horas)
Celular: 9977-9847 ou ao Sepe Central no fone: 2195-0450
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Sepe recomenda que profissionais das escolas das áreas de riscos dêem expediente na sua CRE ou em outra escola

O Sepe continua recebendo diversas denúncias dos profissionais que trabalham nas escolas e creches da rede municipal, a respeito da falta de condições de segurança para que estas unidades continuem funcionando normalmente, conforme determinação da Secretaria Municipal de Educação (SME).
No final da tarde desta terça-feira (dia 19/10), profissionais de escolas informaram ao sindicato que bandidos chegaram a ocupar uma unidade escolar, fugindo de uma perseguição policial. Também foi informado que alguns deles têm utilizado o terreno das escolas como rota de passagem, colocando em risco a vida de profissionais de educação e alunos.
A recomendação do sindicato é a de que os profissionais não acatem as determinações da Secretaria Municipal de Educação de manterem as unidades em funcionamento e se dirijam à sede de sua respectiva CRE para ali cumprir o expediente.
Embora as escolas e creches estejam abertas desde ontem, muitos responsáveis não estão levando seus filhos, por medo de novos confrontos.
Um dos casos de invasão do tráfico em escola, já está no noticiário de hoje.

Guerra do tráfico e operações policiais continuam colocando profissionais e alunos em risco

Desde segunda-feira (dia 19/10) os confrontos envolvendo policiais e traficantes em diversas áreas da Zona Norte continuam prejudicando o funcionamento e colocando em risco a vida de profissionais de educação e alunos. Hoje, segundo informações da Rádio CBN, cerca de dois mil alunos que estudam em unidades localizadas nas proximidades do Morro de São João e no Morro dos Macacos ficaram sem aulas por causa das operações policiais e das ameaças de invasão da parte de traficantes. Os confrontos também ocorreram em favelas do Complexo do Alemão, principalmente na Vila Cruzeiro e, por causa do tiroteio, centenas de alunos das escolas da região não estão conseguindo voltar para casa. Um estudante de 18 anos e um outro morador foram baleados.
Ontem, na Favela da Mandela, no Complexo de Manguinhos, após um confronto envolvendo policiais militares e traficantes, a área externa da Escola Municipal Professora Maria de Cerqueira e Silva foi invadida, primeiro por bandidos e, depois, por policiais, deixando centenas de crianças expostas ao fogo cruzado. Enquanto os enfrentamentos continuam, a SME insiste em manter uma política de obrigar as escolas a manterem a portas abertas para aparentar uma "normalidade" que só existe nos gabinetes refrigerados da Secretaria e das Coordenadorias Regionais de Educação. O prefeito Eduardo Paes, que deveria se preocupar com a segurança das escolas municipais, se encontra em Londres, visitando as instalações olímpicas daquela cidade.
Desde segunda-feira, o Sepe vem tentando contato com a SME e com a 2ª CRE para exigir garantias de segurança para os profissionais das unidades da rede municipal. Hoje a tarde, a direção do sindicato irá até a SME para exigir uma audiência com a secretária de Educação Claudia Costin para denunciar a gravidade da situação e o risco a que estão expostos profissionais e alunos por causa da burocracia e da falta de sensibilidade das autoridades estaduais e municipais.

Guerra do tráfico: Sepe pede a suspensão das aulas nas escolas próximas ao Morro dos Macacos

Publicada em 19/10/2009 às 20h33min
O Globo

RIO - O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) quer a suspensão das aulas nas escolas públicas próximas ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Nesta segunda-feira, o sindicato recebeu denúncias de professores que trabalham nessas unidades sobre a pressão exercida pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para que as escolas fossem abertas. Segundo o Sepe, a medida expõe os profissionais a ficarem no meio do fogo cruzado.
Ainda de acordo com o sindicato, o objetivo das autoridades é o de "aparentar uma normalidade e uma sensação de segurança para mascarar a falta de controle do governo no setor da segurança pública". No entanto, os alunos não foram às aulas nesta segunda-feira.
O Sepe quer exigir das autoridades condições de segurança para que as escolas localizadas nas áreas envolvidas no conflito entre traficantes no último sábado posam voltar a funcionar normalmente.
Em nota, o Sepe lembra que a abertura de escolas em áreas de confronto já foi tentada no Complexo do Alemão e causou ferimentos em alunos de uma escola municipal durante tiroteio entre traficantes e policiais. E defende que o termômetro sobre a real condição de funcionamento das unidades escolares deve ser a própria comunidade. "Se houvesse segurança na região, certamente os pais não sacrificariam seus filhos deixando-os sem aula".
(Veja flagrantes das operações em vários pontos da cidade)
Esta segunda-feira foi o primeiro dia de aulas após um helicóptero da polícia ter sido derrubado a tiros, no sábado. Agentes de diversos batalhões fizeram seis operações em várias favelas da cidade, resultando na prisão de homem na Favela do Jacarezinho - que já teria confessado participação nos atos de violência - e, no Morro da Chatuba, na apreensão de um rifle .30 antiaéreo, que pode ter sido usado no ataque ao helicóptero da PM. No Parque União, morreu uma pessoa suspeita de participação em crimes, elevando para 20 o número de mortos nos confrontos recentes - três deles, sem qualquer ligação com o tráfico.
O major Oderlei Santos, relações públicas da PM, afirmou que as ações policiais só irão terminar quando forem presos todos os criminosos envolvidos na guerra do último fim de semana. O cabo Izo Gomes Patrício, um dos policiais que estava no helicóptero, faleceu pela manhã.
- (As operações) não têm prazo para término. A Polícia Militar vai atuar incansavelmente na busca e captura desses criminosos. Se eles resistirem, haverá confronto. E a polícia não vai recuar - afirmou o major, em entrevista ao site G1.

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