quinta-feira, 30 de junho de 2011

Greve na rede estadual: Nesta sexta vamos às compras com o cartão do Auxílio da Educação

Nesta sexta-feira, dia 1 de julho, às 10h, os profissionais de educação da rede estadual, em greve desde o dia 7 de junho, irão até o supermercado Mundial, na Rua do Riachuelo 192, no Bairro de Fátima, Centro do Rio, para comprar alimentos com o cartão do Auxílio Educação. Com este cartão, o professor regente (o que trabalha em sala de aula) pode gastar R$ 500,00 por ano em compras diversas. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados. O protesto vai mostrar que o profissional de educação precisa com urgência de um reajuste salarial digno e o que o estado oferece hoje, incluindo o cartão, não dá para sobreviver com dignidade – por isso mesmo, o nome do protesto será: “A Educação estadual do Rio tem fome”.

Enquanto isso na "Cabralândia" ...

Regional 8 está encontrando problemas para trabalhar em escolas da Zona Oeste


A direção da Regional 8 denuncia que a sua direção e profissionais de educação da rede estadual, em greve desde o dia 7 de junho, estão encontrando problemas para realizar panfletagens e, até mesmo, falar com os profissionais das escolas que ainda estão funcionando. Ontem (dia 29/6), a direção do Colégio Estadual Daltro Santos, alegando instruções da Metropolitana IV, tentou impedir a entrada dos militantes da categoria na escola. Hoje (dia 30/6), na Escola Estadual Leopoldina da Silveira, profissionais que tentavam realizar uma panfletagem e conversar com outros colegas acabaram se envolvendo em uma confusão, quando um funcionário terceirizado da escola, utilizando uma faca, tentou arrancar a faixa do Sepe que estava colocada no muro da escola. A confusão, presenciada pelos alunos da unidade acabou com a chegada da polícia e de um diretor da Metro IV, que tentou contemporizar.

O Sepe continua afirmando que a entrada do sindicato nas escolas durante a greve é totalmente legal e, por isso mesmo, a Regional 8 entrou com uma queixa na 34ª Delegacia Policial contra a direção do C. E. Daltro Santos e a Metropolitana IV, por tentativa de mpedir o trabalho da representação sindical da categoria.

Assembleia da rede municipal do Rio será na ABI

O local da assembleia da rede municipal do Rio de Janeiro será no auditório do 9º andar da ABI (Rua Araújo Porto Alegre, nº 71), Centro do Rio. A assembleia será dia 14 de julho (quinta), às 18h.

SEEDUC tenta mascarar boicote da categoria ao SAERJ reaplicando a mesma prova hoje


O Sepe está recebendo uma série de reclamações de escolas estaduais que denunciam a tentativa da SEEDUC de obrigar as unidades a reaplicar a prova do SAERJ hoje (dia 30/6), depois do fracasso de ontem (dia 29/6), quando a categoria promoveu um grande boicote à avaliação programada pelo governo do estado. Segundo informações da categoria, as avaliações de hoje são as mesmas de ontem, ou seja, seus gabaritos já foram revelados, o que configura uma verdadeira fraude. O Sepe continua recomendando que as escolas adotem a decisão da assembléia da rede estadual para que a categoria não aplique qualquer avaliação do Programa de Metas e não aceite a pressão da secretaria ou das coordenadorias.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Greve nas escolas estaduais continua – assembléia de professores e funcionários acaba de decidir


Milhares de profissionais das escolas estaduais decidiram há pouco em assembléia no Clube Municipal, na Tijuca, continuar a greve da categoria. A greve começou dia 7 de junho e até hoje o governo não fez uma contraproposta às principais reivindicações da categoria, que são: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015); descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.

Na sexta-feira, dia 1 de julho, os profissionais de educação irão até o supermercado Mundial, na Rua do Riachuelo, no Bairro de Fátima, Centro do Rio, para comprar alimentos com o “Cartão Educação”. Com este cartão, o professor regente (o que trabalha em sala de aula) pode gastar R$ 500,00 por ano em compras diversas. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados. O protesto vai mostrar que o profissional de educação precisa com urgência de um reajuste salarial digno e o que o estado oferece hoje, incluindo o cartão, não dá para sobreviver com dignidade – por isso mesmo, o nome do protesto será: “A Educação estadual do Rio tem fome”.

Na terça-feira, dia 5, a categoria realiza uma passeata até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado a partir das 9h, para exigir uma audiência com o governador Cabral – em seguida à passeata, ocorrerá assembléia no clube Hebraica.

Veja o calendário da greve:
30 de junho (quinta): panfletagem nas escolas;
01 de julho (sexta): protesto “A Educação tem fome” – os profissionais de educação irão até o supermercado Mundial, na Rua do Riachuelo nº 192/194, Centro do Rio, às 10h, para comprar alimentos com o “Cartão Educação”. Por este cartão, o professor regente pode gastar R$ 500,00 por ano em compras. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados. O protesto vai mostrar que o profissional de educação precisa com urgência de um reajuste salaria digno;
04/07 (segunda): Assembleias da categoria nos municípios e bairros da capital;
05/07 (terça): marcha até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às 9h. Logo após a marcha, ocorrerá assembleia no Clube Hebraica (Rua das Laranjeiras, nº 346).

Justiça analisa pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto:

Na terça-feira, dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio realizou uma primeira audiência para analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado, em greve desde o dia 7 de junho. Todas as partes foram convocadas para a audiência, mas os secretários de governo não compareceram. Apenas a Procuradoria do Estado compareceu. Com isso, uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda, no dia 4 de julho. Para esta nova audiência, o juiz titular da 3ª Vara, Plínio Pinto Coelho Filho, convocou em caráter de urgência os secretários de Planejamento e Educação.

No Tribunal, o Sepe defendeu o pedido de liminar em cima do direito de greve do funcionário público e da falta de reajuste anual por parte do governo. O sindicato falou também das más condições de trabalho e dos baixos salários da rede estadual, que levaram os profissionais de educação à greve; a falta de professores na rede também foi destacada na audiência - esta uma consequencia direta dos poucos atrativos para o exercício da profissão em nosso estado, que, mesmo sendo o segundo mais rico do país, tem um dos pisos salariais mais baixos para o professor, além de péssimos índices nas avaliações federais.

Já no dia 22 de junho, ocorreu uma audiência com o governo, que contou com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Resende e de Educação, Wilson Risolia. Na reunião, o governo se comprometeu a apresentar uma resposta até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais da categoria.

Assembléia da rede estadual hoje à tarde no Clube Municipal


Os profissionais da rede estadual estão convocados pelo Sepe para a assembléia geral da categoria, que será realizada hoje (dia 29/6), a partir das 14h, no Clube Municipal (Rua Haddock Lobo 359 - Tijuca). Na assembléia, os profissionais vão discutir os rumos da greve da categoria que completa 22 dias nesta quarta-feira.

terça-feira, 28 de junho de 2011

TJ discute liminar do Sepe contra o corte do ponto

categoria acompanhou a audiência com manifestação em frente ao Fórum

Nesta terça-feira, dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio realizou uma primeira audiência para analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado, em greve desde o dia 7 de junho. Todas as partes foram convocadas para a audiência, mas os secretários de governo não compareceram. Apenas a Procuradoria do Estado compareceu. Com isso, uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda, no dia 4 de julho. Para esta nova audiência, o juiz titular da 3ª Vara, Plínio Pinto Coelho, convocou em caráter de urgência os secretários de Planejamento e Educação.

Na audiência, o Sepe defendeu o pedido de liminar em cima do direito de greve do funcionário público. O sindicato falou também das más condições de trabalho e dos baixos salários da rede estadual, que levaram os profissionais de educação à greve; a falta de professores na rede também foi destacada na audiência.

Veja matéria da TV Brasil mostrando a realidade do professor da educação pública no Rio de Janeiro

Uma reportagem produzida pela TV Brasil traça um retrato do professor da rede pública do Rio de Janeiro, que tem que trabalhar quase 16 horas por dia para sobreviver. A matéria foi feito com uma profissional de educação que mora em Duque de Caxias, que, para conseguir se manter tem que se desdobrar em duas matrículas públicas e ainda trabalhar na rede privada.  

Veja o vídeo:


Equipe de TV de Cabo Frio corta imagens de profissional da rede estadual por vestir luto pela educação em greve

No dia 23 de junho, dia do feriado religioso de Corpus Christi, tivemos uma exemplo de como a mídia tenta mascarar a greve na rede estadual. O relato de uma profissional que participava da confecção dos tradicionais tapetes de sal para a procissão que seria realizada na cidade de Cabo Frio é uma prova de como uma repórter da rede Intertv, afiliada da rede Globo na Região dos Lagos tentou fazer imagens do trabalho realizado pela profissional com seus alunos, mas impediu que ela aparecesse nas imagens por estar usando uma camisa preta com dizeres que marcavam o luto da rede estadual, em greve por melhores salários.

A equipe de reportagem foi atraída pela beleza do trabalho realizado, composto por um tapete composto por quase 20 mil fuxicos, que foi elaborado pela professora e por seus alunos durante um período de quatro meses. Mas quando a profissional começou a falar sobre a greve dos educadores e as reivindicações da categoria, ela teve a sua palavra cortada pela repórter que disse não ter autorização para fazer imagens da professora com a camisa alusiva à greve. A repórter disse que “as coisas não podiam ser misturadas” e o câmera chegou a confidenciar que se a professora em greve aparecesse nas imagens a edição cortaria suas imagens.

O fato provocou revolta na profissional, já que outras emissoras a tinham entrevistado e mostrado o trabalho da sua turma sem fazer uso de censura na hora de colher as imagens. O fato foi publicado no blog Pó de Giz (blogpodegiz.blogspot.com/) e no jornal Correio do Brasil (http://correiodobrasil.com.br/censurada-porque-vestia-luto/259099/)

Monarco e Velha Guarda da Portela participarão de ato show na quinta (dia 30/6) em homenagem aos profissionais da educação estadual e bombeiros em greve

O sambista e compositor Monarco, juntamente com a Velha Guarda da Portela, participará de um Ato show em homenagem aos educadores da rede estadual e bombeiros em greve por melhores salários e condições de trabalho. 
O ato será realizado no dia 30 de junho, quinta-feira, no Campinho da Praia Vermelha, a partir das 18h e é uma realização do DEC da UFRJ e da ADUFRJ, com apoio das Decanias do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e do Centro de Letras e Artes da universidade. Além dos músicos da Portela, também participarão do show a cantora Maíra Freitas e jovens bandas da UFRJ. 
O ato show faz parte do Seminário UFRJ em debate: A situação da Praia Vermelha. O seminário ocorre dias 27 e 28 de junho, no auditório do CFCH e visa buscar o apoio da população à luta dos servidores estauduais em greve e por uma praia vermelha 100% pública com segurança, cultura, infra-estrutura e bandejão.

Manifesto dos educadores e defensores da causa da Educação Pública em solidariedade à luta dos profissionais de educação do Rio de Janeiro



Após infrutíferas tentativas de negociação, que se arrastam por anos, os profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro, em concorrida Assembléia, realizada no dia 7 de junho de 2011, decidiram deflagrar greve. Atualmente, um professor graduado recebe R$  750,00 brutos e um funcionário tem piso de 433,00. Somente em 2011, 2,4 mil professores pediram exoneração por completa falta de perspectiva de valorização profissional. A questão afeta a formação de novos professores nas universidades, pois, concretamente, muitos avaliam que a opção pela educação pública implica privações econômicas insuportáveis. As principais reivindicações da greve objetivam criar um patamar mínimo para que a escola pública estadual possa ser reconstruída: reajuste de 26%, incorporação da gratificação do “Nova Escola”, liberação de 1/3 da jornada de trabalho para preparação de aulas, atendimento a estudantes, participação em reuniões etc., eleições diretas nas escolas e melhoria da infraestrutura geral da rede.

Compreendemos que a greve não é episódica e conjuntural. Ao contrário, está inscrita em um escopo muito mais amplo: objetiva sensibilizar a sociedade brasileira para uma das mais cruciais questões políticas não resolvidas da formação social brasileira: o reduzido montante de recursos estatais para a educação pública acarretando um quadro de sucateamento da rede pública e a paulatina transferência de atribuições do Estado para o mercado, por meio de parcerias público-privadas.

Interesses particularistas de sindicatos patronais, de corporações da mídia, do agronegócio e, sobretudo, do setor financeiro arvoram-se o direito de educar a juventude brasileira. Para montar máquinas partidárias, diversos governos abrem as escolas à uma miríade de seitas religiosas retrocedendo no valor da escola laica.

Estamos cientes de que não é um exagero afirmar que o futuro da escola pública está em questão. A luta dos trabalhadores da educação do Rio de Janeiro é generosa, resgata valores fundacionais para uma sociedade democrática e, por isso, nos solidarizamos, fortemente, com a luta em curso. Os recursos existem, desde que a educação seja uma prioridade. Por isso, instamos o governador Sérgio Cabral a negociar de modo verdadeiro com o SEPE, objetivando resolver a referida agenda mínima e a restabelecer o diálogo com os educadores comprometidos com a educação pública, não mercantil, capaz de contribuir para a formação integral das crianças e dos jovens do Estado do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2011

Para apoiar a manifestação: Petição Manifesto dos Educadores e Defensores da Causa da Educação Pública em Solidariedade a Luta dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro:

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N11624

Primeiros signatários:

Ana Maria Lana Ramos – UFF

Angela Rabello Maciel de Barros Tamberlini – UFF

Ângela Siqueira –UFF

Anita Handfas –UFRJ

Anita Leocádia Prestes –UFRJ

Marcelo Mattos Badaró – UFF

Carlos Nelson Coutinho – UFRJ

Ceci Juruá – UFRJ

Cecília Goulart- UFF

Clara de Goes - UFRJ

Cleusa Santos –UFRJ

Cristina Miranda -UFRJ

Fernando Celso Villar Marinho - UFRJ

Francisco José da Silveira Lobo Neto - Fiocruz

Gaudêncio Frigotto - UERJ

Iolanda de Oliveira – UFF

Jailson dos Santos - UFRJ

Janete Luzia Leite - UFRJ

José Henrique Sanglard - EP/UFRJ

José Luiz Antunes –UFF

José Miguel Bendrao Saldanha –UFRJ

Leandro Nogueira S. Filho – UFRJ

Lenise Lima –UFRJ

Letícia Legay – UFRJ

Lia Tiriba, UFF/ UNIRIO

Lorene Figueiredo –UFF

Luis Eduardo Acosta – UFRJ

Maria Inês Souza Bravo -UERJ

Regina H Simões Barbosa – UFRJ

Roberto Leher  - UFRJ

Salatiel Menezes - UFRJ

Sara Granemann - UFRJ

Vera Maria Martins Salim – UFRJ

Virginia Fontes – UFF/ Fiocruz

Escândalo! Governo estadual diz que não tem dinheiroi para reajustar servidores mas promove renúncia fisca de R$ 50 bilhões beneficiando salões de cabeleireiros, termas e motéis entre outros estabelecimentos

Pode até parecer piada, se a situação dos profissionais de educação e demais servidores estaduais não fosse tão grave ao ponto dos primeiros estarem há mais de vinte dias em greve e os segundos enfrentarem uma das maiores repressões contra sua mobilização por um salário digno que já se teve notícia. Mas A Folha de São Paulo Online publicou uma matéria sobre as renúncias fiscais promovidas pelo governo Cabral entre 2007 e 2010 e apurou que o estado do Rio de Janeiro deixou de recolher R$ 50 bilhões em impostos de diferentes tipos de empresas, como boates, motéis, mercearias, padarias, postos de gasolina e cabeleireiros. O total da renúncia, segundo a reportagem cresceu 72% em 2010, em relação a 2007 e o total de R$ 50 bilhões já são mais do que a metade do valor da receita tributário do Estado, que foi de R$ 97 bilhões no mesmo período.

Enquanto o governador e seus secretários da área econômica afirmam que não tem dinheiro para reajustar salários da educação, em greve desde o dia 7 de junho por reajuste salarial e melhore condições de trabalho, a reportagem da Folha Online mostra que uma das empresas que se beneficiaram com a “ajuda” do governo do estado foi a Werner Coiffeur, um salão de beleza que cuida dos cabelos da primeira-dama do Estado, Adriana Ancelmo, e do governador, que deixou de recolher cerca de R$ 336 mil aos cofres do Estado.

Para efetuar tais renúncias, o governador atual tomou por base uma lei criada pelo ex-governador Marcello Alencar para incentivar produtores de cosméticos. Cabral resolveu ampliar os benefícios para os varejistas que encomendam produtos capilares e estão incluídos no Simples da Receita Federal.

Mas o escândalo não para por aí, entre as outras empresas beneficiadas se encontram duas termas localizadas na zona sul do Rio de Janeiro: Solarium e Monte Carlo, que tiveram isenções de R$ 316 mil e R$ 109 mil, respectivamente, com base num decreto voltado a estabelecimentos de alimentação como lanchonetes, restaurantes, casas de chá e até danceterias.

Veja a matéria completa nos links:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Greve nas escolas estaduais: Justiça julga amanhã liminar contra o corte do ponto


Amanhã, dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio irá analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado. Todas as partes foram convocadas para a audiência, incluindo o sindicato, governo do estado e Ministério Público. Neste dia, os profissionais de educação vão realizar uma passeata da Candelária até o Fórum, com concentração às 12h – a categoria pretende abraçar o TJ, representando a esperança que a Justiça reconheça a justeza da greve.

Profissionais de educação do estado estão em greve desde o dia 7 de junho. Em audiência realizada no dia 22 de junho, que contou com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Resende e de Educação, Wilson Risolia, o governo do Estado se comprometeu a apresentar uma resposta até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais da categoria: reajuste salarial de 26%, descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos e antecipação das parcelas da incorporação do Nova Escola.

A audiência contou também com a presença de deputados estaduais. Durante o encontro, o sindicato procurou mostrar a justiça e a viabilidade das reivindicações da categoria, apresentando dados da receita estadual e comparações salariais com outras redes públicas. Os representantes do governo estadual tiveram que admitir que o salário dos profissionais da educação é baixo, mas disseram que não poderiam apresentar uma proposta concreta na reunião, solicitando o prazo até o dia 15 de julho.

A assembleia do dia 20 que decidiu pela continuidade da greve também decidiu que os professores das escolas estaduais não devem aplicar o Sistema de Avaliação da rede, o Saerj, previsto para ser aplicado dia 29 – data da próxima assembleia da rede. Os profissionais de educação são contra o provão de avaliação externa que a Seeduc quer fazer. A crise na rede é tão profunda que este provão tenta, na verdade, maquiar a situação.

No domingo, dia 26, a educação estadual participou em conjunto com os bombeiros e diversas outras categorias de servidores de uma caminhada no Aterro do Flamengo - professores e funcionários administrativos vestiramreto. A próxima assembleia será dia 29 (quarta), às 14h, no Clube Municipal, na Tijuca. A categoria vai discutir a continuação da greve e o compromisso do governo de apresentar uma contraproposta em julho.

Veja os resultados da audiência da educação estadual na Seplag no dia 22 de junho

Em audiência realizada no dia 22 de junho, que contou com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Resende e de Educação, Wilson Risolia, o governo do Estado se comprometeu a apresentar uma resposta, até o dia 15 de julho, às principais reivindicações salariais da categoria: reajuste salarial de 26%, descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos e antecipação das parcelas da incorporação do Nova Escola.

A audiência contou também com a presença de deputados estaduais. Durante o encontro, o sindicato procurou mostrar a justiça e a viabilidade das reivindicações da categoria, apresentando dados da receita estadual e comparações salariais com outras redes públicas. Os representantes do governo estadual tiveram que admitir que o salário dos profissionais da educação é baixo, mas disseram que não poderiam apresentar uma proposta concreta na reunião, solicitando um prazo até o dia 15 de julho para apresentarem a sua resposta.


Pressão obrigou secretário a anunciar algumas vantagens na audiência:

Ainda na audiência foi anunciado pelo secretário Risolia que o reajuste da GLP será pago com o salário de julho (com recebimento em agosto) e que um novo lote de enquadramentos por formação virá com o salário de julho (também a ser pago em agosto). Neste lote, segundo os secretários, estarão incluídos os professores 40 horas que aguardam ansiosamente por este direito.

Sobre as escolas compartilhadas que estão ameaçadas de fechamento, o secretário de Educação informou que nada ocorrerá até o final de julho, quando os relatórios das equipes que estão visitando as escolas devem estar finalizados. Informou ainda que não haverá junção de turmas e que os problemas de segurança serão considerados no momento de definir as mudanças. Solicitamos que, antes de qualquer transferência ou mudança, o secretário receba uma comissão de profissionais destas escolas em conjunto com a direção do SEPE, proposta que foi aceita pelo secretário Risolia.

Ele também anunciou que o cartão do Bônus Cultura está liberado na rede bancária, com a bandeira Mastercard e que o mesmo será de livre consumo, ou seja, os seus portadores poderão comprar qualquer tipo de produto em estabelecimentos comerciais que façam uso da bandeira Mastercard. Risolia advertiu que o governo vai monitorar o consumo dos profissionais de educação para poder fazer um perfil de qual tipo de consumo cultural a categoria fará. O Sepe advertiu o secretário para a possibilidade dos profissionais utilizarem o cartão para adquirir alimentos, por causa dos baixos salários da categoria.

Por fim, o Secretário de Educação solicitou que o sindicato suspendesse o boicote ao SAERJ. A direção do SEPE informou que esta é uma decisão soberana da assembléia da categoria e que somos contrários a qualquer avaliação externa, meritocrática e vinculada a remunerações variáveis. Acreditamos na avaliação mediadora e diagnóstica e não em medidas classificatórias e discriminadoras como o Plano de Metas.


Mobilização nâo pode parar

O Sepe avalia que os resultados apresentados nesta audiência, embora ainda não satisfatórios, só o foram conseguidos graças à mobilização da categoria. A confirmação do lançamento do bônus cultura, o reajuste da GLP e a liberação dos enquadramentos  não foram anunciados por acaso e são uma prova de que a nossa greve incomoda o governo. Portanto, é de capital importância para a conquista de reajuste salarial e do restante das nossas revindicações que a categoria mantenha a mobilização. Nesta terça- feira, dia 28 de junho, a partir das 12h, vamos realizar uma passeata da Candelária até o Fórum para acompanhar a audiência na 3ª Vara da Fazenda que irá alnalisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto da categoria e promover um abraço ao prédio do Fórum.

Veja e assine a petição manifesto em defesa da causa da Educação do Rio de Janeiro em greve



Petição Manifesto dos Educadores e Defensores da Causa da Educação Pública em Solidariedade a Luta dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N11624

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Governo responderá até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais



Em audiência realizada ontem (22), o governo do Estado se comprometeu a responder até o dia 15 de julho se atenderá ou não às principais reivindicações salariais da categoria: reajuste salarial de 26%, descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos e antecipação das parcelas da incorporação do Nova Escola. A audiência contou com a presença da direção do SEPE, dos secretários de Planejamento e de Educação, além de deputados estaduais. O Sindicato procurou mostrar a justiça e a viabilidade destas propostas apresentando dados da receita estadual e comparações salariais com outras redes públicas. O governo estadual teve que admitir que o salário dos profissionais da educação é baixo, mas não se mostrou disposto a apresentar uma proposta concreta na reunião, remetendo ao prazo de 15 de julho.

Ainda na audiência, ficou acertado que o reajuste da GLP será pago com o salário de Junho e que um novo lote de enquadramento por formação virá com o salário de julho. Neste lote, segundo os secretários, estarão incluidos os professores 40 horas que aguardam ansiosamente por este direito.

Sobre as escolas compartilhadas que estão ameaçadas de fechamento, o secretário de educação informou que nada ocorrerá até o final de julho, quando os relatórios das equipes que estão visitando as escolas devem estar finalizados. Informou ainda que não haverá junção de turmas e que os problemas de segurança serão considerados no momento de definir as mudanças. Solicitamos que, antes de qualquer transferência ou mudança, o secretário receba uma comissão de profissionais destas escolas em conjunto com a direção do SEPE, proposta que foi aceita pelo secretário Risolia.

Por fim, o Secretário de Educação solicitou que o sindicato suspendesse o boicote ao SAERJ. A direção do SEPE informou que esta é uma decisão soberana da assembléia da categoria e que somos contrários a qualquer avaliação externa, meritocrática e vinculada a remunerações variáveis. Acreditamos na avaliação mediadora e diagnóstica e não em medidas classificatórias e discriminadoras como o Plano de Metas.

Prefeitura do Rio só concede 6,56% – categoria mobilizada por reajuste digno de 21%

OUTDOOR DA CAMPANHA NA VISCONDE DE SANTA ISABEL (TIJUCA)


OUTDOOR DA CAMPANHA NA FREI CANECA (CENTRO)

A prefeitura do Rio anunciou ontem (dia 21) o percentual de reajuste dos servidores municipais em 2011, que será de 6,56%. Os profissionais das escolas municipais reivindicam 21% de reajuste emergencial. Um estudo preparado pelo Dieese para o Sepe mostrou que o prefeito Eduardo Paes tem dinheiro em caixa para aumentar os salários dos servidores em até 26,72%.

Por este estudo, entre 2006 e 2010, a arrecadação municipal cresceu 30,78%, mas as despesas de pessoal subiram apenas 8,74%. Ou seja, a prefeitura neste período (gestões César Maia e Eduardo Paes) “economizou” e aumentou o seu faturamento de caixa às custas do arrocho salarial dos servidores municipais.

Este estudo serve para comprovar que Eduardo Paes e os secretários municipais da área econômica mentem ao dizer que não há condição para a concessão de reajustes salariais e valorização dos servidores. Mesmo considerando as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - que delimita os gastos dos governos) o levantamento do Dieese mostra que, hoje, o prefeito poderia conceder um reajuste muito maior do que o anunciado ontem sem que para isto tenha que descumprir a lei. O Sepe já lançou a campanha salarial da categoria, com outdoors pelas ruas do Rio (foto 1: outdoor em Vila Isabel; foto interna: Mangueira) exigindo 21% de reajuste emergencial.

Os servidores municipais também estão mobilizados contra dois projetos do prefeito Eduardo Paes que estão na Câmara de Vereadores prontos para serem votados; um deles é o Projeto de Lei nº1005/2011, que dispõe sobre o Plano de Capitalização do FUNPREVI. Esta é a forma final do projeto apresentado por Paes aos vereadores em abril, chamado na época de “plano de insolvência”. Segundo a prefeitura, o objetivo é acabar com o rombo do nosso fundo através da regulamentação da transferência previdenciária (incluindo o piso e o teto para cada categoria), dos royalties, da venda de imóveis próprios e financiados pelo PREVIRIO.

Segundo informações da liderança do governo na Câmara, a idéia do prefeito é votar este projeto junto com o PLC nº 41, a reforma da previdência dos servidores municipais, que retira vários direitos. Por isso o PL nº 1005 foi encaminhado para ser apreciado e votado em regime de urgência. Isso significa que os dois projetos podem ser votados a qualquer momento. A categoria deve ficar atenta e mobilizada para parar as escolas no dia em que a votação for agendada e ir pressionar os vereadores na Câmara Municipal.

A rede municipal tem que seguir o exemplo dos bombeiros e dos colegas da rede estadual, que se mobilizaram para lutar pelo reajuste salarial. Não só no Rio de Janeiro, mas em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Paraná, Bahia, Ceará, Paraíba, Minas Gerais e muitos outros, diversos segmentos da educação estão mobilizados e fazendo greves por melhores salários e condições de trabalho. O Sepe já mostrou que a prefeitura do Rio tem dinheiro para aumentar salários. Portanto, todos à luta para barrar a Reforma da Previdência e conseguir reajuste salarial digno. Nossa reivindicação é de 21% de reajuste emergencial.

Pedimos também que os colegas enviem emails aos vereadores, pedindo que votem contra os PLs e apóiem nossa proposta de reajuste – os emails dos parlamentares podem ser acessados no site da Câmara de Vereadores (www.camara.rj.gov.br/).

Regional 4 realizará assembleia regional na próxima terça (28/6)

A Regional 4 realizará uma Assembleia Regional na próxima terça-feira, dia 28/6, para discutir os encaminhamentos relativos a Greve da rede estadual e a luta contra a reforma da previdência das dupla Paes/Costin na rede municipal.
O ponto de encontro para a assembleia será na entrada do Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade entre 17 e 18 horas.

Acesse e divulgue o cartaz com o calendário de mobilização da rede estadual aqui

A vida tem dessas coisas


A vida tem dessas coisas

 Hoje, liguei a TV e o que vi
Não deu pra acreditar. Vi um
“soldado” de farda a um colega
Atacar jogava-lhe gás de pimenta
Para a visão do outro prejudicar
Tudo para acabar com um manifesto
Pacífico de outra corporação que
Estava a fazer “arruaça” por pedir
Reparação em seu salário minguado
Para que possa seguir o lema da
Sua corporação: defender acima de
Tudo a vida do cidadão.

Mas para isso acontecer ele precisa
Comer, alimentar seus filhos razão
Para sua luta manter, sem isso não terá
Sustentação para o outro cidadão
Defender. Sim porque este “indivíduo”
De quem falo também é um cidadão
Que deveria ser respeitado como manda
Os direitos humanos, pois ninguém
Pode viver e o outro defender com
Salários tão desumanos.

Porém isso o governo “não vê”
E nem faz questão de saber
Porque não é ele que está a sofrer
Vendo tudo em sua casa faltar
Ele não ouve seu filho chorar
Sem quase nada pra comer
E nem sabe o que é ver, no
Final de cada mês, o aluguel a vencer
Com isso o governo não se importa
Pois não faz parte do seu viver
Para ele é mais importante viajar a Paris
E andar de bicicleta na Champs Elysées

Rio de Janeiro, 04/06/2011.

Maria Conceição Santos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Nesta quarta (22/6) Ato Show "SOS EDUCAÇÃO", com a banda Farofa Carioca


Temos uma extensa agenda de greve até o dia 29, data de nossa próxima assembleia no Clube Municipal, às 14h. Amanhã, dia 22, faremos uma carreata com concentração na Cinelândia a partir das 14h; em seguida, vigília em frente à Seplag, às 16h, para aguardar a audiência com o secretário Sergio Ruy, às 17h.

Mais à noite, a partir das 18h, a rede estadual realiza ato show na Praça XV com a presença da banda Farofa Carioca. Veja abaixo o calendário completo:

Dia 22/06 (quarta)
: vigília em frente à Seplag, a partir de 16h. O secretário Sergio Ruy irá receber uma comissão do sindicato e parlamentares;

22/06: Carreata no Centro do Rio, com concentração na Cinelândia às 14h;

22/06: Ato-show na Praça XV, Centro do Rio, às 18h, com o nome “SOS Educação”;

dia 26/06 (domingo): Educação estadual, bombeiros e diversas outras categorias de servidores fazem caminhada no Aterro do Flamengo, com concentração em frente ao Castelinho, às 10h - professores e funcionários vestirão preto;

Dia 27/06 (segunda), a partir das 14h, Twitaço em defesa da greve da educação estadual/RJ. Use: #SOSEDUCAÇÃO e dê sua mensagem de apoio!

Dia 28/06 (terça): A 3ª Vara de Justiça de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça analisa o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto - profissionais de educação realizam passeata da Candelária até o Fórum, concentração às 12h;

Dia 29/06 (quarta)
: Assembleia, às 14h, no Clube Municipal (Rua Haddock Lobo, nº 359, Tijuca).


Baixe o calendário de greve aqui 

A Associação Nacional dos Institutos de Educação de Surdos enviou moção de solidariedade


A Associação Nacional dos Institutos de Educação de Surdos (ASSINE) enviou uma moção de apoio aos bombeiros e à greve dos profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro. Veja abaixo o texto da moção.


MOÇÃO DE APOIO AOS BOMBEIROS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Nesse início de mês de junho, os ventos que, apenas nesse ano, já sopraram na Tunísia, no Egito, na Grécia, na Espanha e em diversos estados do Brasil, passaram a ser sentido também aqui no Rio de Janeiro. São os ventos da resistência à intransigência e ao autoritarismo na política e da oposição às medidas econômicas neoliberais, que privilegiam os especuladores e grandes capitalistas, em detrimento dos trabalhadores e das populações pobres. No nosso estado, esses ventos foram primeiro captados pelos bombeiros e guarda-vidas, que protagonizam há dias bonitas e firmes manifestações em favor de seus direitos como trabalhadores e servidores públicos preocupados com a qualidade do serviço oferecido para a população.

Na terça-feira, 07/06/2011, foi a vez dos servidores da rede estadual de ensino público se colocarem ao lado dos bombeiros e guarda-vidas em sua luta, sendo essa tomada de posição emblemática, tanto pelo tamanho da categoria, quanto pelo tratamento absolutamente negligente que vem sendo dispensado pelos sucessivos governos estaduais à educação, um serviço (e um direito) público da maior importância. Por fim, essa greve de servidores da educação também é motivada pela intransigência do governo Cabral, que se recusa a negociar com a categoria, que já está em campanha salarial há meses e já promoveu uma paralisação anterior de 48 horas.

Por acreditar que esse quadro de sucateamento dos serviços públicos, de precarização do trabalho, seja no setor público, o uno privado, e de crescente criminalização das lutas sociais, só pode ser revertido pela mobilização dos trabalhadores de todos os setores e categorias ao lado da população que necessita dos serviços públicos, nos colocamos ao lado das greves encabeçadas por bombeiros e servidores da educação. Mais do que isso, conclamamos todos a se unirem a essa luta, até mesmo declarando e organizando greves nas demais categorias de trabalhadores, se necessário.

Pela imediata anistia dos 439 bombeiros que foram presos!

Pela desmilitarização dos Bombeiros!

Aumento salarial e atendimento de todas as reivindicações de professores e bombeiros já!

Pela valorização do Serviço Público e dos servidores!

Contra o autoritarismo do governo Cabral e a política econômica neoliberal dos governos federal, estadual e municipal! Fora Cabral!


Rio de Janeiro, 13 de junho de 2011.


ASSEMBLEIA DA ASSINES-SSIND

Greve na rede estadual: / Veja manifesto do CE Dom Pedro II, de Petrópolis



Manifesto dos Professores do Colégio Estadual Dom Pedro II

A paralisação dos professores do Colégio D. Pedro II é, primeiramente, a manifestação da indignação diante da construção social do papel do professor. Quem é o Profissional da Educação hoje? Como as políticas públicas o reconhecem? Que ideia fazem dele e o que transmitem à sociedade?

A reivindicação dos Profissionais da Educação não se reduz à questão salarial. Vai além: No discurso do Governo do Estado do Rio, os professores não são reconhecidos como intelectuais, não são tratados com a merecida importância que tem na sociedade. Considerados operários sem prestígio, meros cumpridores legalistas das exigências estatísticas, seres incapazes de pensar e de opinar, não são ouvidos sobre as políticas que orientam a Educação no Estado. O desprestígio é reforçado pelos baixos salários que revelam à população o valor atribuído à Educação, hipocritamente valorizada nas campanhas eleitorais e nas propostas dos partidos políticos.

Há uma culpabilização excessiva do Professor diante do insucesso da Educação no Estado, quando bem sabemos que são muitos os fatores estruturais que contribuem para tal resultado, como a carência na alimentação, a falta de democratização da cultura, uma mídia irresponsável, o capital cultural, a falta de acesso à saúde, as péssimas condições de moradia e transporte, a violência, as relações familiares difíceis, entre outros. O Professor age neste meio, transformando-o, edificando valores, prestando sua contribuição. Não é, no entanto o único responsável pela alteração da realidade exigente na qual vivemos. É preciso que todos compreendam seu lugar neste processo: O Estado, a Mídia, a Sociedade e a Família.

A Educação no Estado do Rio vem sendo um campo profícuo de projetos escusos que movimentam milhões sem ouvir as reais necessidades dos professores, beneficiando empresas de aliados políticos, mobilizando verbas federais. O que prova que há dinheiro para investimentos reais na Educação, há verba para garantir uma melhor valorização do Professor, mas prevalecem interesses particulares que acabam por desviá-los.

Vivemos o paradoxo da supervalorização da Educação, neste momento de crescimento do país, com a necessidade de profissionais bem formados que garantam um país mais justo e digno de todos, por um lado, e de outro, a desvalorização do Profissional da Educação. Essa contradição demonstra a compreensão equivocada do papel do Professor e da sua contribuição à sociedade. Não é ele o herói solitário que resolverá todos os problemas estruturais. É antes, o Profissional qualificado que pode contribuir para o fomento de mentes pensantes e comprometidas com o bem comum, capazes de atuar nas diversas ciências com competência. Mas, para que possa atuar em seu papel, precisa acreditar em si, sentir-se valorizado e respeitado. Um dos resultados das políticas públicas para a Educação tem sido o total desinteresse dos jovens pelas licenciaturas. Em tempos de megamilionários que nunca leram um livro e que não precisaram da escola para enriquecer, Professores, profissionais graduados e pós-graduados recebem os mais baixos salários propostos pelos governos. Não se trata de entrar na lógica do hiperconsumo que propaga uma felicidade comprável, trata-se de uma reflexão acerca do homem e do que realmente o realiza. O que é o conhecimento e qual o seu valor? Vamos continuar veiculando que apenas os corpos, os títulos e os carros valem na vida humana? O homem, capaz de conhecer e de produzir conhecimento, favorecendo a vida, as relações e sua realização plena, continuará desperdiçando-se em coisas que não o realizam????

Petrópolis, 14 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Assembleia de hoje (dia 20/6) votou pela continuidade da greve no estado


Milhares de profissionais das escolas estaduais decidiram há pouco em assembleia no Clube Municipal, na Tijuca (foto), continuar a greve da categoria. A greve começou dia 7 de junho e até hoje o governo não fez uma contraproposta às principais reivindicações da categoria, que são: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015); descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.

A categoria vai realizar amanhã panfletagens e atos em todo o estado e na capital; na quarta, dia 22, o Sepe realiza uma vigília em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a partir das 14h. Neste dia, o secretário Sergio Ruy irá receber uma comissão do sindicato e parlamentares. Ainda na quarta-feira, a partir das 18h, os profissionais de educação realizam um ato-show na Praça XV, Centro do Rio, que terá o nome: “SOS Educação”.

No domingo, dia 26, a educação estadual, bombeiros e diversas outras categorias de servidores realizam caminhada no Aterro do Flamengo, com concentração em frente ao Castelinho do Flamengo, às 10h (professores e funcionários vestirão preto). A próxima assembleia será dia 29 (quarta), às 14h, também no Clube Municipal.

No dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio irá analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado. Todas as partes foram convocadas para a audiência, incluindo o sindicato, governo do estado e Ministério Público. Neste dia, os profissionais de educação vão realizar uma passeata da Candelária até o Fórum, a partir das 12h – a categoria pretende abraçar o TJ, representando a esperança que a Justiça reconheça a justeza da greve.

No dia 9, a partir de iniciativa do sindicato, ocorreu uma audiência com o secretário estadual de Educação Wilson Risolia. Ele informou, no entanto, que somente no segundo semestre é que o governo poderá falar alguma coisa sobre reajuste salarial. Para o Sepe, o governo vem tratando com descaso todos os pleitos salariais desde o início do primeiro mandato do governador Sérgio Cabral, em 2007.

Educação faz passeata até a Seplag (17/06)


Cerca de 2 mil profissionais de educação da rede estadual realizaram uma passeata da Candelária à Secretaria de Planejamento e Gestao (Seplag). A passeata terninou há pouco sem incidentes, apesar de a PM cercar o prédio da Seplag, que estava de portões fechados, impedindo qualquer diálogo do Sepe com o secretário da pasta, Sergio Ruy.

Uma comissão do Sepe, junto com um grupo de deputados, foi hoje até a 13ª Vara de Fazenda Pública, que irá analisar o pedido de liminar do sindicato contre o corte de ponto que o governo quer fazer. A juíza da Vara, Isabela Macedo está substituindo o titular e disse que ele reassumirá semana que vem o caso. A categoria também fez um abraço simbólico no Fórum (Tribunal de Justiça), representando a esperança de que a Justiça julgue o corte de ponto ilegal.

A greve atinge cerca de 60% da categoria e entrou no décimo dia. Na segunda, dia 20, às 14h ocorrerá assembleia no Clube Municipal, na Tijuca.


Leia mais: 


Justiça vai analisar dia 28 pedido do Sepe contra o corte do ponto no estado


O juiz titular da 13ª Vara de Justiça do Rio irá analisar dia 28 o pedido do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado, em greve desde o dia 7. Todas as partes foram convocadas para a audiência, incluindo o sindicato, governo do estado e Ministério Público. Ontem, a categoria realizou passeata até a Seplag, passando pelo Fórum, onde fez um abraço simbólico ao prédio, representando a esperança que o Tribunal reconheça a justeza da greve da educação. Na segunda-feira, dia 20, haverá assembleia, às 14h, no Clube Municipal, na Tijuca.

hoje (20/6) tem assembléia para decidir os rumos da greve na rede estadual


Dando continuidade à mobilização da rede estadual, em greve desde o dia 7 de junho, o Sepe realiza uma assembleia geral nesta segunda (dia 20 de junho), no ginásio do Clube Municipal (Rua Haddock Lobo 359 - Tijuca) e convida toda a categoria para que possamos decidir os rumos do nosso movimento que já paralisou cerca de 70% das escolas estaduais. A categoria sabe que o momento para pressionar o governo Cabral, que não dá bola para a educação e mantém uma política de desvalorização dos seus profissionais, é agora. Deste modo, a mobilização maciça em atos como o de hoje, quando mais de dois mil profissionais coloriram a Avenida Rio Branco de preto para protestar contra a falta de disposição do governador para negociar e atender as nossas reivindicações, e as mobilizações que tem sido realizadas pelos núcleos e regionais do Sepe, são fundamentais para alcançarmos uma vitória ampla que vai desmascarar a farsa da política educacional deste governo.

O apoio que a população em geral, em especial as comunidades escolares e os nossos alunos - que também estão mobilizados na luta em defesa da educação estadual - mostram que a nossa luta é justa. Infelizmente, só o governador Sérgio Cabral, seus secretários da área econômica e da Educação parecem não conseguir ver o que está na cara: só valorizando os profissionais e investindo na melhoria das nossas condições de trabalho é que se vai, de verdade, mudar o panorama da educação pública no estado do Rio de Janeiro. Todos à assembléia da rede estadual na segunda!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Justiça nega recurso e manda prefeitura do Rio convocar merendeiras


O Tribunal de Justiça negou o recurso da prefeitura do município do Rio de Janeiro e mandou a SME convocar imediatamente as mais de 400 merendeiras aprovadas no concurso de 2008. O recurso da prefeitura foi contra uma liminar vitoriosa do Sepe. Agora, o prefeito tem um prazo de 48 horas para convocá-las, sob pena de pagar uma multa diária de R$10 mil, em caso de não cumprimento da decisão.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Leia a Carta às direções das escolas estaduais, pedindo o apoio a greve

O Sepe vai enviar às direções das escolas uma carta, pedindo apoio à nossa greve. A carta pode ser lida aqui.

Leia o novo jornal da rede estadual

O Sepe enviou ontem o novo jornal da rede municipal para a residência dos filiados, convocando para a mobilização contra a reforma da previdência e por 21% de reajuste. O jornal já pode ser lido aqui no nosso site.

Nova carta aberta à população

Veja a carta aberta à população que será distribuída no ato de sexta-feira,  dia 17/6 aqui

Leia o novo jornal da rede municipal

O Sepe enviou ontem o novo jornal da rede municipal para a residência dos filiados, convocando para a mobilização contra a reforma da previdência e por 21% de reajuste. O jornal já pode ser lido aqui .

Veja os horários e locais de saída dos ônibus de núcleos e regionais para a passeata da rede estadual nesta sexta (dia 17 de junho)


Locais e horários de saída dos ônibus para a passeata desta sexta-feira (dia 17 de junho):

* REGIONAL 4: Colégio Estadual Clóvis Monteiro. Avenida dos Democráticos, 271 -Higienópolis.

Veja a relação com alguns núcleos do Sepe que divulgaram os horários e os locais de saída dos ônibus para a passeata da educação estadual da Candelária até a Seplag nesta sexta-feira (dia 17/6):

Núcleos:

Barra Mansa – saída da Praça da Matriz, às 7h;

Duque de Caxias – Próximo ao Instituto de Educação Roberto da Silveira, 9h;

Itaguaí – Saída do Banco do Brasil , às 8h45;

Niterói – Saída do Liceu Nilo Peçanha, às 9h;

Nova Iguaçu – Saída às 9h, ao lado da CEDAE, Centro de Nova Iguaçu (na rua da Metroplitana);

São João de Meriti – Saída do Sepe, às 9h;

Queimados – Saída às 8h, da Praça da Delegacia;

Volta Redonda – Saída às 8h, da sede do Sepe;

São Gonçalo – Saída às 9h, da Praça do Zé Garoto

Belford Roxo: saída às 8h30;

Regionais:

Bangu – saída às 9h, da sede da Regional VIII;

Santa Cruz – saída às 9h, na sede da Regional IX.;

Campo Grande: ônibus sai em frente ao Sepe às 9h;

Cabo Frio: partida em ao Sepe às 6h30;

Greve na Rede Estadual: Amanhã é dia de encher a Rio Branco de gente! Todos à passeata da Educação


Os profissionais de educação das escolas estaduais, em greve desde o dia 7 de junho, farão uma passeata da Candelária até o prédio da Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAG – Rua Erasmo Braga, ao lado do Fórum), a partir das 10h desta sexta-feira (dia 17 de junho). Na passeata, professores e funcionários administrativos das escolas estaduais distribuirão panfletos, explicando para a população os motivos da paralisação nas escolas do Estado, que já dura nove dias. A categoria terá amanhã uma excelente oportunidade para mostrar para o governo Cabral que a nossa greve é forte e que estamos mobilizados para a luta. Todos à Candelária, a partir das 10h.

Na próxima segunda-feira (dia 20 de junho), a categoria faz nova assembléia no Ginásio do Clube Municipal, na Tijuca, a partir das 14h, para decidir os rumos da greve. O Sepe estima que a paralisação alcança 65% das escolas em todas as regiões do estado.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fala do advogado do Sepe na assembléia do dia 14/06

[VIDEO] Quanto vale o professor?

Cabral fugiu de manifestação dos profissionais de educação em Resende ontem (dia 14/6)


Os Profissionais de Educação fizeram uma grande  manifestação contra Sérgio Cabral ontem (dia 14/6), em Resende. O governador não querendo confronto com os Professores, Profissionais de Educação, Alunos e Pais, preferiu não participar de uma inauguração, que foi cancelada,  e deixou, além de 400 manifestantes mais de 500 pessoas esperando, entre eles o Prefeito de Resende, Vice, Vereadores, Secretários inclusive a secretária de Educação, e funcionários.

O comando de greve conseguiu organizar um grupo de manifestantes que realizou um deslocamento pela cidade muito maior do que ocorreu no último sábado. Os jornais, televisão e as rádios locais estavam presentes no Ato de repúdio ao governador contra a sua política meritocrática e de baixos salários.

A atitude do governador é vista pelo comando de greve como uma saída pela porta dos fundos, uma tentativa de evitar mais desgaste e confronto com os profissionais de educação.  O SEPE, avalia que, em Resende, o movimento grevista dos profissionais da rede estadual está em torno de 75%,  aumentando a cada dia. O governo estadual reconhece a força da greve no município admitindo que o movimento esta em torno de 40% que antes admitia apenas 2%

Instituto de Educação Carmela Dutra está fazendo manifestação pela greve na rede estadual


Profissionais e alunos do Instituto de Educação Carmela Dutra estão realizando um protesto na porta da escola desde as 9h desta quarta-feira (dia 15/6). Neste momento, a comunidade escolar se prepara para realizar um abraço simbólico na escola, em apoio à luta dos profissionais da rede estadual, há oito dias em greve.

ANDES-SN quer unificar entidades na luta por 10% do PIB para a Educação

Campanha continua

A destinação de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a Educação é uma das lutas prioritárias do ANDES-SN, em torno da qual o sindicato docente buscará articular outras entidades dos movimentos sindical, social e estudantil. “Do nosso ponto de vista, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) não contempla as demandas da sociedade brasileira em relação à educação. É por isso que queremos unificar as entidades combativas em torno da luta pela ampliação do financiamento, que é uma bandeira histórica do conjunto dos movimentos desde a elaboração do primeiro PNE, em 1997”, explica o 2º vice-presidente da Secretaria Regional Sul do ANDES-SN, Cláudio Tonegutti, que é um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE).

De acordo com Tonegutti, o PNE construído pelo governo com o apoio de entidades da sociedade civil ficou muito aquém do que deveria ser um plano decenal para um setor tão estratégico porque não se baseia em diagnóstico da realidade atual. Tão pouco considera os motivos que prejudicaram o cumprimento das metas traçadas no PNE anterior. “Por que o país não avançou em vários pontos? Por que não se alcançou determinada meta? Só a partir de um bom diagnóstico e desse confronto de dados poderíamos construir um bom plano para a próxima década”, afirma ele. O novo PNE propõe que o país invista 7% do PIB em educação, meta que já estava proposta no PNE de 1997, mas nunca foi cumprida.

ArticulaçõesA 1ª vice-presidente da Secretaria Regional Sul do ANDES-SN, Bartira Grandi, que também é da coordenação do GTPE, participou, no último dia 26/5, de uma reunião com as entidades que compõem o Espaço Unidade de Ação para convidá-las a aderir à campanha por mais recursos para a Educação. O Espaço é formado por diversas entidades do movimento rural, urbano, sindical, social e estudantil. “Todas essas entidades se comprometeram com essa luta. Nós, do ANDES-SN, inclusive, vamos convidá-las para um debate ampliado sobre o assunto, previsto para o dia 15/6”, relata Bartira.

Segundo ela, esta articulação está se consolidando também com entidades que fazem parte da Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais (Cnesf) e, ainda, com a Frente Ampla de Trabalhadores, que tem realizado manifestações em torno de pautas comuns, e que envolve diferentes centrais sindicais. “A luta pelos 10% do PIB unifica as entidades. Nós acreditamos que mesmo aquelas que participaram da formulação do PNE junto ao governo podem se engajar nesta campanha”, acrescenta Cláudio Tonegutti.

Assembléia decidiu: greve no estado continua

 

Milhares de profissionais das escolas estaduais decidiram em assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, nesta terça (14) à tarde continuar a greve da categoria. Como o governo não acenou com nenhuma contraproposta às reivindicações, os profissionais de educação estaduais não recuaram e decidiram pela continuação da greve, agora com mais de uma semana de duração, tendo sido iniciada dia 7.
 A estimativa da assembleia é que a mobilização aumentou e já atinge 70% dos profissionais. Na sexta-feira, dia 17, a categoria realiza uma passeata da Candelária até a sede da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplag), às 10h. A próxima assembleia será segunda-feira, dia 20, às 14h, no ginásio do Clube Municipal, na Tijuca – o sindicato espera que o governo faça uma contraproposta até esta data. Eis as principais reivindicações da educação do estado:
 1) Reajuste emergencial de 26% - o piso salarial hoje é R$ 610,00;
 2) Incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015);
 3) Descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
 No dia 9, a partir de iniciativa do sindicato, ocorreu uma audiência com o secretário estadual de Educação Wilson Risolia. Ele informou, no entanto, que somente no segundo semestre é que o governo poderá falar alguma coisa sobre reajuste salarial. Para o Sepe, o governo vem tratando com descaso todos os pleitos salariais desde o início do primeiro mandato do governador Sérgio Cabral, em 2007. Ou seja, o culpado por uma greve longa será o governador.
Na primeira semana do movimento ocorreram diversas manifestações, incluindo uma grande passeata no Centro do Rio, dia 10, quando cerca de três mil professores, funcionários e alunos caminharam da Candelária à Alerj, onde se encontraram com os bombeiros em greve; já no dia 12, a categoria participou da passeata convocada pelos bombeiros, que juntou dezenas de milhares de pessoas na orla de Copacabana.

Confira também:  
[Video] Matéria do RJ TV sobre a greve (13/06) aqui

Panfleto da greve da rede Estadual aqui

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