segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Boicote ao Saerjinho: panfleto de estudantes

O site do Sepe disponibilizou o panfleto de boicote ao Saerjinho para os estudantes - clique aqui para ler e repassar nas redes sociais.

Deliberações da assembleia da rede municipal do Rio de Janeiro

Deliberações da assembleia da rede municipal do Rio, realizada dia 17:

1) 02/10: Participação na passeata contra a Reforma da Previdência e a retirada de direitos, com concentração em frente ao Hotel Merídien, Leme.

2) Realização de reuniões  semanais  do Comando de Mobilização (que conta também com a Coordenação da Capital e as direções das regionais.

3) Seminário com os professores de Educação Física para discutir o Ginásio Esportivo Olímpico.

4) Realização de três atos descentralizados (Bangu, Madureira e Tijuca) e um ato centralizado (Cinelândia).

5) Plenária de profissionais de Educação Infantil.

6) Assembléia da rede dia 28/09, às 18h30, em local a confirmar.

7) Campanha de filiação e eleição de Representantes.

8) Levantamento do desvio de verbas da educação, licitações, valor de projetos, orçamento.

09) Convocar o Coletivo de Aposentados do Sepe para as discussões sobre o PLC 41 (Reforma da Previdência).

Quarta (dia 21), as escolas estaduais vão parar e não aplicarão o Saerj

Profissionais das escolas públicas estaduais farão paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (21 de setembro), dia da aplicação do Saerj (Sistema de Avaliação do Ensino). Esta avaliação pretende medir os conhecimentos dos alunos, mas não foi planejada pelos professores da rede estadual e não leva em consideração a realidade das escolas, que não têm uma estrutura mínima para o estudo.


Sepe alerta: Categoria não deve temer ameaças das direções ou das  Metropolitanas


A deliberação da asssembleia da rede estadual é a de que os profissionais parem  e boicotem a realização do Saerj nesta quarta-feira, não aplicando provas ou corrigindo aquelas que porventura tenham sido realizadas. Caso a direção da escola ameace algum profissional com o lançamento de um código no MCF que não seja o 61 (greve e paralisações) ela estará infringindo a legislação trabalhista que reconheceu o direito de greve dos servidores públicos em diversos casos. Portanto, a categoria não deve se intimidar com as pressões das direções das escolas ou de Coordenadorias Metropolitanas, que fazem ameaças para tentar intimidar a força do movimento.

A próxima assembleia da rede estadual será realizada no sábado (dia 24/9), na Associação Cristã de Moços (ACM - Rua da Lapa 86 - Centro).

As provas do Saerjinho fazem parte do Plano de Metas apresentado pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) e tem como um dos seus eixos a meritocracia. Isto significa que o resultado desta e de outras avaliações externas será utilizado para “premiar” ou “punir” professores e funcionários de acordo com o resultado das provas, estabelecendo uma lógica de remuneração variável.

O Sepe não é contra qualquer avaliação que tenha por objetivo identificar problemas no processo de ensino para melhorar a qualidade da educação. O problema, para o sindicato, é que o Saerjinho é uma avaliação classificatória que pretende estabelecer salários diferentes de acordo com a produtividade de cada escola. Alem do mais, este sistema deu errado em vários lugares, tais como Chile, EUA e no estado de São Paulo. E deu errado aqui na própria Seeduc, com o Programa Nova Escola, que foi um tremendo fracasso.

A educação é um direito de todos e dever do Estado. Estabelecer uma lógica produtivista na educação é esquecer que a escola não é uma fábrica, que a riqueza do processo educativo depende de muitas coisas além do esforço dos professores e funcionários, e que não haverá qualidade na educação enquanto as condições de trabalho forem tão ruins que levam ao abandono de mais de 20 professores por diacomo pesquisa do Sepe no Diário Oficial comprova.

Outra denúncia em relação ao Plano de Metas, é que a Seeduc pretende punir professores considerando até mesmo o número de alunas grávidas nas escolas. Assim, se o número de alunas grávidas em uma determinada escola aumenta, o salário do professor diminui. Essa é a lógica da meritocracia: tentar culpar o profissional da educação por tudo o que acontece na escola.

Não boicotamos o Saerj para impedir um diagnóstico, pois nós profissionais da educação fazemos isso o tempo todo. Boicotamos o Saerj porque não podemos aceitar que a educação pública seja encarada como uma mercadoria vendida a preços diferentes dependendo das condições do “negócio”. Educação de qualidade é direito de todos!

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