A garantia de uma educação pública, laica, gratuita e de qualidade não é, e nunca foi prioridade para governos, banqueiros e empresários
Por isso, profissionais
de educação junto com a comunidade escolar tem que travar cotidianamente
mobilizações para defender a escola e creche que queremos para o conjunto dos
trabalhadores. Neste momento estamos diante de um novo desafio: enfrentar o
autoritarismo da Prefeitura no processo de escolha das direções de escolas e
creches.
Cabe
lembrar que eleições diretas para direções é uma de nossas bandeiras
históricas, porque os governos não respeitam a democracia no espaço escolar.
Na
rede municipal do Rio de Janeiro não podemos eleger nossas direções. O que
ocorre é apenas uma consulta à comunidade escolar, onde alguns poucos tem o
aval das CRE’s para se candidatarem, mediante a critérios que a comunidade
escolar jamais opinou. Funcionários então jamais podem se candidatar.
Nos
últimos processos o autoritarismo da Prefeitura vem aumentando, mas este ano a
verdadeira face da democracia de Paes mostrou claramente esta posição. Centenas
de profissionais foram impedidos de se candidatarem. Várias direções que tem
aprovação da comunidade escolar foram consideradas não aptas. Os profissionais,
responsáveis e estudantes mais uma vez não puderam opinar em nada.
Para
a lógica de metas, índices e números fictícios de Paes e Helena Bomeny,
diretores tem que ser gestores e atender a critérios totalmente díspares ao que
de fato as unidades escolares precisam.
Por
isso, convocamos todos os profissionais de educação e a comunidade escolar a se
mobilizarem para acabar com mais esta “farsa eleitoral”. Não podemos admitir os
critérios impostos pela SME. Todos devem ter o direito de se candidatar e serem
submetidos igualmente a avaliação criteriosa da comunidade escolar.
A
rede municipal não tem concurso público para o cargo de diretor, portanto é
inadmissível e anti-democrático a utilização do chamado banco em substituição
aqueles que querem se candidatar, apresentando seus projetos e discutindo suas
propostas com o conjunto de responsáveis, alunos e profissionais da educação.
Não podemos reproduzir em nossas escolas e creches o mesmo processo injusto que
marca as eleições para os governos, onde os acordos com banqueiros e
empresários que atacam a educação pública acabam mandando mais que a democracia
dos trabalhadores.
Vamos
reunir os colegas, a comunidade escolar, convocar o sindicato, fazer
abaixo-assinados, passeatas e toda a mobilização necessária para garantir nosso
direito de escolha a direção, ao projeto de escola e creche que queremos.
Só
a luta muda à vida. Vamos à luta!