AS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NÃO VÃO PAGAR PELA CRISE!
Atualmente o Brasil sobe do 7o
para o 5o lugar em feminicídio (assassinatos de mulheres) dentre 83
países segundo a OMS. O machismo é uma ideologia, um pensamento que o
capitalismo se utiliza para dividir trabalhadoras e trabalhadores para poder
dominar. Colocam mulheres como seres de segunda categoria.
A lei do feminicídio foi sancionada em março
de 2015 (13.104/15) classifica como crime hediondo e com agravantes levando de
12 a 30 anos de reclusão. É caracterizado como feminicídio quando agressão
envolve violência doméstica/familiar ou quando evidencia menosprezo ou discriminação
à condição de mulher.
De 1980 à 2013 foram assassinadas 106.093
mulheres. De 80 para 2013 tem um aumento de 252% ou seja, a cada 90 minutos uma
mulher é assassinada, a cada 12 segundos uma é estuprada e 10 segundos uma
mulher é agredida.
As mulheres negras são as maiores vítimas de
violência. Em feminicídio as mulheres negras tem um aumento de 50% ou seja,
dobrou enquanto as mulheres brancas diminuiu em 10%. Isso é uma herança da
escravidão onde as mulheres negras sofrem dois tipos de opressão o machismo e o
racismo.
As mulheres negras em matéria de vitimização
chega a 66,7% e nesta década tem uma aumento de 190%.
No Brasil os maiores índices de homicídio
contra a mulher negra é o Amapá, segundo lugar Paraíba e terceiro lugar
Pernambuco os índices passam de 300%.
Apesar
de termos uma mulher na presidência, Dilma Roussef (PT) não governa para as
mulheres trabalhadoras quando faz um corte de 50% no orçamento para o combate à
violência contra as mulheres. E mesmo assim, ataca brutalmente quando cria um único Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos
Humanos, fazendo um balaio de gatos das secretarias de Direitos Humanos; de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para Mulheres.
Um verdadeiro deboche quando ainda afirma que está
proporcionando a democracia aos setores que sofrem a opressão. A Lei Maria da
Penha que foi um avanço, não é aplicada na sua totalidade, tendo cortes
orçamentários assustadores, gerando a falta de recursos e equipamentos de
atendimentos adequados.
Hoje
no Estado do RJ existem somente 14 DEAM’s (DELEGACIA ESPACIALIZADA EM
ATENDIMENTO À MULHER) E 13 NUAM’S
(Núcleo de Atendimento à Mulher). As casas abrigos não são suficientes.
Existe
ainda uma ausência altíssima de vagas em
creches públicas.O que nos demonstra que o Estado é capitalista e através das repressões policiais acentua
cada vez mais as desigualdades sociais, oprimindo e explorando as mulheres.
Precisamos unir a classe trabalhadora para que tome para si a luta contra a violência
à mulher, porque somente assim nos libertaremos do braço opressor do Estado.
O
machismo é tão latente que é demonstrado
através do Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB) autor da PL 5069/13 criminaliza a mulher estuprada e não penaliza
o estuprador porém, 11 partidos como PP, PSB, PDT, PSD, PT,PTB, PRTB, PR, PSDB,
PV e PP compactuam com suas assinaturas a este projeto lei.
A
verdadeira face do PMDB em ter uma política machista pode ser retratada nos
dois casos de agressão que o Secretário Executivo do Município do Rio de
Janeiro, Deputado Federal Pedro Paulo (PMDB) cometeu contra a sua ex esposa e do
Subchefe do gabinete da prefeitura Bernardo Fellows de ameaça a sua ex
namorada.
A
verdade é que a cúpula do PMDB tentou esconder os dois casos, para lançar seu
pupilo, Pedro Paulo (PMDB) como candidato a Prefeitura do RJ em 2016 e porque também
banaliza a violência contra a mulher. O prefeito Eduardo Paes ainda explica o
fato quando afirma que todo casal tem este tipo de briga e o governador Pezão
(PMDB) completa que a agressão é uma mera fofoca.
A
prática de criminalizar as mulheres pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) é
conhecida quando juntamente com ex governador
Sergio Cabral (PMDB) manda bater nas educadoras na greve de 2013, corta os
salários arbitrariamente na greve de 2014, coage as educadoras com a
reestruturação, diminui para 2016 o número de vagas em berçários em tempo
integral, bem como coloca em risco a vida das crianças com a segmentação
escolar.
Quanto
a crise do Estado, é o segundo maior estado do Brasil
em número de servidorxs e, é governado por Pezão (PMDB). A cartilha que o
governador aplica é a mesma de Dilma Roussef (PT) quando coloca em
pauta a reforma da previdência estadual, ou seja, primeiro a reforma da
previdência vai ser regional e depois a nível nacional. Não podemos
esquecer que é justamente a ala da família Picciani que apoia Dilma é a mesma que Pezão faz parte.
O aumento da contribuição previdenciária dxs servidorxs estaduais se a votação for
aprovada será de 11% para 14% . A reforma da previdência
despreza a desigualdade feminina, pois não se leva em conta dupla ou
tripla jornada de trabalho. Sendo assim, destina a mulher trabalhadora
mais tempo trabalho e mais doenças. A maioria dos servidorxs civis são mulheres
e isto significa que a crise vai direto no pescoço das mulheres. Sem salário e
com a cesta básica no valor de R$ 448,06 aumento da tarifas da luz/passagens,
chegada de despesas de material/uniforme escolar e IPTU muitas tiveram que
pegar empréstimos que inclusive foi incentivado pelo governador.
Porém,
mais uma vez Pezão engana as servidoras não pagando conforme o combinado
e mais dívidas crescendo por causa das altas taxas dos juros bancários.
Diga-se de passagem que a alta dos juros deste governo do PT se assemelha ao
governo do PSDB.
Devido aos baixos salários
muitxs profissionais da educação vem pedindo exoneração. A verdade é que o PMDB estadual quer
culpabilizar a crise estadual nxs servidorxs e sendo assim, alegará que para
melhorar a situação deveria quebrar a estabilidade dxs servidorxs. Um dos grandes problemas das mulheres
trabalhadoras e sobre tudo negras do Rio de Janeiro é a redução das escolas
extremamente sucateadas e hoje várixs alunxs tentam se matricular na rede.
Contudo, o governo estadual alega não ter vaga. Entretanto, quando
chegamos às escolas estaduais as filas são enormes para se tentar vaga. A
grande contradição é a meta de Pezão em aumento das UPP’s (Unidade de Polícia Pacificadora) que tem como função assassinar a população
pobre, negra e principalmente jovens. Dinheiro para assassinar tem, mas para
educação, não!
O governo do PMDB com apoio de Dilma Roussef (PT) tem como
objetivo penalizar a mulher trabalhadora/negras e seus filhos. Logo por causa
da crise econômica e para que os banqueiros não percam seus lucros a conta
quem paga são as mulheres trabalhadoras/negras!
A
lógica do governo do Estado/Município do Rio de Janeiro ambos sobre o feudo do
PMDB é criminalizar a mulher trabalhadora.
De acordo com o Dossiê
Mulher de 2015 do Estado do RJ houve um aumento de 38,7% de 2012 à 2014 em
homicídio doloso sendo que 62.2% das vítimas eram mulheres negras.
Desta
forma, através das estatísticas podemos perceber a forma que PMDB/PT olham para
as mulheres trabalhadoras, pobres e sobretudo negras.
Não
podemos permitir que PMDB/PT jogue apenas moedas para as mulheres e encham os
bolsos dos empresários com rios de dinheiro! Que os ricos paguem pela crise!
Basta
de machismo, racismo e homofobia! Basta de qualquer tipo de violência contra a
mulher!