A
REALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA ATUAL PREFEITURA
A situação da Educação
Infantil no município do Rio de Janeiro está péssima! Os espaços não têm estrutura de pessoal e física para que funcione com qualidade.
Na parte física creches/EDI’s
sofrem com o piso da sala quebrado, cadeiras e mesas em péssimo estado, portas
que não são adaptadas a idade infantil, descargas estragadas, teto caindo,
rachaduras, climatização com problemas, tomadas elétrica em péssimo estado de
conservação, ou seja, nada de qualidade e ainda colocando em risco a vida das
crianças.
Materiais pedagógicos e higiene faltam devido à falta e diminuição verbas. Muitas unidades de creches/EDI’s precisam avaliar as prioridades para comprar materiais.
As profissionais precisam
pensar quais atividades aplicam pensando sempre em gastar menos, o que
compromete a qualidade. Sem falar dos uniformes e materiais que até hoje a
prefeitura não enviou!
Quanto a higiene muitas unidades sofrem com a falta de detergente, sabão, papel higiênico, água sanitária,
sabão em pó entre outros deixando a saúde da criança mais vulnerável às doenças.
A falta de profissionais a
cada dia é pior! Faltam porteiros, profissionais nas cozinhas, na limpeza,
lactaristas, Agentes de Educação Infantil e Professor de Educação Infantil.
O retrocesso na Educação
Infantil é grande! Para as AEI’s que não tinham formação Normal foi exigido o Proinfantil
onde perderam férias durante o curso de dois anos. Enquanto isso, o
enquadramento por tempo e formação das AEI’s que sempre foi reivindicado pelo
Sepe como reparação não sai.
Entretanto, mais uma vez como
medida economicista a prefeitura contrata terceirizadas com apenas o Ensino
Médio como critério, não tendo a Formação Normal. Sabe-se que o governo se
utiliza mais uma vez da prática que realizou com as AEI’s para pagar péssimos
salários, sem falar na carga horária de 40h.
Problemas de pagamento das
profissionais continuam neste governo, as PEI’s estão sem receber a sua
complementação no salário por descaso da prefeitura e muitas AEI’s estão até
hoje sem o GDAC. A regional 4 por várias vezes se comunicou com a prefeitura
para acertar e também denunciou na Câmara dos Vereadores no dia da Audiência do
PME e pediu aos vereadores para abrirem um canal com a SMEEL. Mas até agora
nada de resposta!
Quando há um questionamento
sobre porteiros, a SMEEL afirma que não tem necessidade e que as direções podem
acumular mais este cargo. A preocupação com a ausência de porteiros atualmente
ainda é maior após o assalto a Escola Municipal Padre Manuel da Nóbrega!
A situação das terceirizadas das
cozinhas e serviços gerais das creches/EDI’s estão sempre em constate
problemas, com atrasos e parcelamentos tanto no salário como no tíquete refeição.
O cardápio da Educação
Infantil sofre novamente perdas como o peixe que agora será uma vez por mês, o
pão não vai ser mais servido, a carne somente uma vez por semana todavia, ovo e
frango vai ter de sobra no cardápio.
Por causa das péssimas
condições de trabalho PEI’s e AEI’s ficam constantemente doente. Muitas AEI’s
continuam sozinhas em sala de atividades. Quando algumas delas não trabalham
por algum motivo, a ordem é distribuir as crianças nas salas, superlotando e colocando
em risco a criança. Esta atitude inclusive não respeita os critérios de idade
existentes na educação!
As escolas/creches
que ficam em local de conflito como solução, a prefeitura surge com a incrível ideia de
blindar as unidades. E assim, segue o pensamento que não pode morrer dentro do
espaço da prefeitura, mas fora pode! Inclusive despreza como profissionais e crianças entram e saem desses espaços. Não pensa na parte social do entorno
das unidades bem como nas comunidades/favelas.
As coordenadorias a cada dia
vêm tratando a vida das profissionais e alunos de forma secundária. Direções das unidades quando estão mediantes
ao conflito acionam as CRE’s em ligação e WhatsApp porém, a coordenadoria chama
atenção e ainda diz que WhatsApp só podem tratar assuntos pedagógicos. Quando
ligam para pedir orientação à CRE o informe é as direções tem autonomia e é sua
responsabilidade da avaliação do momento. Ou seja, se isentam de responsabilidade
e joga as vidas das crianças e profissionais nos braços das direções!
A prática dessa prefeitura é se
isentar da responsabilidade e continua quando querem que os Conselheiros da
Escola Comunidade (CEC) converse com os comandantes dos batalhões para fazerem
um plano para mediar os conflitos.Sendo assim, mais uma vez coloca
em risco a vida destes profissionais pois muitos trabalham em comunidades/favelas e joga
nas costas destas pessoas um dever que é do Estado!
Marcelo Crivella tem o dever
de mediar com a secretaria de segurança uma solução. É inadmissível que continue
permitindo que mais alunas como Maria Eduarda sejam assassinadas e que
profissionais da educação como o caso da AEI do Jacarezinho sejam alvos de
“balas encontradas” e que casos tratados com normalidade!
Sabemos qual lado Crivella
está quando vota na PEC 55 que corta investimento na saúde, educação e serviços
básicos. O prefeito não pode usar como desculpa que a prefeitura tem um rombo
financeiro pois durante sua eleição, “prometeu” que solucionaria todos as demandas
com uma equipe “competente”. Ainda nas eleições afirmava que sabia toda a
situação da prefeitura, logo é uma inverdade quando fala que é uma novidade a
falta de dinheiro no município do RJ!
Não precisamos de pombinhas da
paz, mas precisamos de medidas imediatas para que alunos/profissionais da
educação não corram risco de vida. A educação precisa de mais investimentos,
concurso público imediato, chamada imediata a todos os concursados para que se
tenha condições de trabalho proporcionando assim, uma Educação Infantil
pública, laica e de qualidade para o filho da trabalhadora e trabalhador!
CHEGA
DE DESCASO COM A EDUCAÇÃO INFANTIL!